POR QUE OS CORREIOS AINDA NÃO ASSINARAM O ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2024-2025?


Publicada dia 10/09/2024 09:18

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Após uma forte greve e uma mediação no dia 21 de agosto no Tribunal Superior do Trabalho (TST), os Correios continuam adiando a assinatura do ACT, deixando os trabalhadores sem respostas e gerando apreensão quanto ao pagamento dos benefícios aprovados em assembleia. A FINDECT pressiona por soluções, mas até o momento, a ECT segue adiando.

As negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024-2025 entre a FINDECT e os Correios começaram em junho, com discussões intensas e uma greve significativa que mobilizou trabalhadores de São Paulo, Bauru, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão. A paralisação, iniciada em 7 de agosto e encerrada em 22 de agosto, resultou em uma mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) no dia 21 do mesmo mês. O acordo mediado trouxe avanços importantes, como a antecipação do pagamento do Ticket Peru, no valor de R$ 1.000,00, para setembro, a compensação dos dias de greve sem descontos e a redução no prazo para melhorias no plano de saúde de 90 para 60 dias.

A FINDECT defende que essas melhorias obtidas na mediação sejam implementadas para todos os trabalhadores. Por isso, a entidade defende um único acordo coletivo para toda a categoria, visando assegurar que nenhum trabalhador fique de fora das conquistas negociadas.

Esses pontos, embora relevantes, poderiam ter sido ampliados se não fosse a interferência de alguns sindicatos que, de acordo com a FINDECT, sabotaram e enfraqueceram a mobilização unificada dos trabalhadores em conluio com a direção da ECT. Apesar dos resultados das assembleias terem sido enviados à empresa no dia 27 de agosto, os Correios ainda não formalizaram a assinatura do ACT, gerando incertezas e insatisfação entre os trabalhadores.

Por que os Correios estão adiando?

A principal questão entre os trabalhadores e os sindicatos é: por que a ECT está adiando a assinatura do acordo? O que está levando a empresa a postergar a assinatura de um documento que já passou por diversas etapas de negociação, mediação e aprovação em assembleias? A falta de clareza sobre esse impasse gera apreensão, especialmente porque há benefícios que precisam ser pagos, como o Ticket Peru, que deve ser depositado em setembro.

A categoria, cada vez mais desconfiada da direção da ECT, questiona: será que os Correios vão realmente honrar esse compromisso ou deixarão os trabalhadores na incerteza até o último momento? Além disso, o reajuste de 4,11% no vale-alimentação, acordado para ser retroativo a agosto, também permanece sem resposta, já que o lançamento do ticket de setembro consta sem o reajuste.

Quais são os reais motivos por trás do atraso?

Outro ponto em debate é o prazo para a implementação das melhorias no plano de saúde, que foi reduzido de 90 para 60 dias na mediação do TST. Essas mudanças devem ser concluídas até o dia 29 de outubro, mas com a assinatura do ACT ainda pendente, os trabalhadores temem que a empresa não cumpra o prazo.

O que realmente está impedindo a ECT de honrar os compromissos firmados durante as negociações?

A FINDECT, ciente da possibilidade de descumprimento, já indicou que, se o prazo não for respeitado, uma nova greve será convocada. Mas por que a ECT permitiria que a situação chegasse a esse ponto novamente? Estariam os Correios dispostos a correr o risco de uma nova paralisação, o que poderia prejudicar ainda mais a relação com seus trabalhadores?

FINDECT continua pressionando

Enquanto a ECT adia a assinatura, a FINDECT e os sindicatos filiados continuam pressionando para que a empresa cumpra suas obrigações e respeite os direitos dos trabalhadores. A expectativa é de que a assinatura do ACT ocorra o mais breve possível, para evitar maiores transtornos e garantir que todos os benefícios sejam pagos e implementados dentro do prazo.

A grande pergunta que permanece é: o que está realmente levando os Correios a continuar adiando a assinatura do ACT 2024-2025?

Fonte: FINDECT

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