PARA REFLETIR: A SABOTAGEM E A MANIPULAÇÃO CONTRA A NOSSA LUTA
Publicada dia 11/09/2024 14:18
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Companheiros e companheiras, é urgente que reflitamos sobre o que realmente aconteceu durante nossa última greve e sobre quem está traindo a nossa luta.
Enfrentamos uma batalha em várias frentes: contra a direção dos Correios, contra um governo que se recusou a ouvir nossas reivindicações e, mais grave ainda, contra uma parte do movimento sindical que preferiu se aliar ao patrão, sabotando nossa greve e prejudicando nossos direitos.
Quem assinou o acordo coletivo sem se quer analisá-lo, aprovando uma proposta que atacava nossos direitos, foi a mesma pessoa que tem a audácia de dizer: “Aceita que dói menos.”
Essa frase reflete claramente o desprezo que essa pessoa e a federação à qual pertence têm pelos trabalhadores. E o mais chocante é que, em nenhum momento, essa pessoa é alvo das críticas de parte da categoria. Estamos vendo uma inversão completa de valores, onde se critica quem está combatendo e defendendo os trabalhadores, enquanto se poupa de críticas quem se senta no colo do patrão e assina acordos sem ler.
Isso é perigoso. Essa manipulação serve aos interesses da própria direção da empresa, que, em conluio com essa outra federação, tenta criar a narrativa de que nossa luta não foi válida, de que não houve avanços.
Eles querem que acreditemos que nossa greve foi em vão. Mas isso é uma mentira descarada! A verdade é que nossa resistência, nossa greve de 15 dias, foi o que garantiu mudanças importantes na proposta inicial da empresa.
É justamente essa luta que eles querem apagar da memória dos trabalhadores, para que nos sintamos derrotados e não questionemos a traição.
Quem lutou durante 15 dias tem o dever de confrontar essa narrativa manipuladora e reforçar a importância da nossa greve. Nossa luta não foi em vão! E, se a empresa não cumprir todos os prazos e compromissos estabelecidos na mediação do TST, estamos prontos para voltar à luta.
Não nos acovardaremos e, muito menos, nos esconderemos sob as asas do patrão como fizeram aqueles que nos traíram.
Companheiros e companheiras, precisamos manter a clareza de quem realmente está do nosso lado. Quem traiu a categoria e quem sabotou a greve deve ser responsabilizado, e não quem está na linha de frente lutando por nossos direitos.
Nossa força está na união e na resistência, e essa manipulação não pode nos desviar do nosso caminho.
A luta é nossa, e vamos até o fim, custe o que custar.