MARCHA DAS MARGARIDAS 2023
Publicada dia 16/08/2023 23:27
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A Marcha das Margaridas aconteceu nos dias 15 e 16 de agosto em Brasília em este ano completou sua 7ª edição. Mulheres de diversos estados brasileiros e de outros países foram até Brasília para fazer parte desse importante momento na história das mulheres.
A história da marcha das margaridas é uma homenagem a Margarida Maria Alves, uma trabalhadora rural e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoas Grande. Ela passou a vida lutando pelos direitos das mulheres trabalhadoras rurais e foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região.
Se tornou um símbolo em defesa dos direitos dos trabalhadores rurais – e um marco na denúncia das violações sistemáticas dos direitos fundamentais.
A Marcha representa um grito de resistência e da cotidiana luta em defesa dos direitos dos povos do campo, é considerada a maior ação política de mulheres em toda a América Latina e tem um significado especial para cada uma das mulheres que participa a cada quatro anos, quando a marcha acontece.
É um movimento para as mulheres trabalhadoras rurais, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, sem-terra, extrativistas, LGBTQIA+ e moradoras de centros urbanos usarem o espaço público – no centro político brasileiro – para apresentar reivindicações vindas de todos os cantos e interiores do país.
Além das mais de 100 mil mulheres brasileiras dos mais diversos segmentos, este ano também participaram representantes de 33 países, sob o lema ‘Pela Reconstrução do Brasil e pelo bem viver’.
Uma das missões da Marcha das Margaridas é apresentar pautas ao poder público, na região central da capital federal, onde se concentram as discussões políticas sobre os desafios da população brasileira. Neste ano, a Marcha das Margaridas foi às ruas com 12 eixos políticos:
Democracia participativa e soberania popular
Poder e participação política das mulheres
Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética
Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios
Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional
Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns e proteção da natureza com justiça ambiental e climática
Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda
Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo
Saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária
Universalização do acesso à internet e inclusão digital
Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo
Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade
Com informações do site oficial da Marcha das Margaridas