SINTECT-MA SE SOLIDARIZA A CRICIELE MUNIZ VÍTIMA DE RACISMO NAS LOJAS C&A

O SINTECT-MA vem a público se solidarizar à dirigente nacional do PT, Cricielle Muniz, vítima de racismo na Loja C&A localizada na Rua Grande, Centro de São Luís, ao mesmo tempo em que repudia totalmente a essa postura que, para nada mais serve senão perpetuar a prática abominável e criminosa do racismo.

Infelizmente o racismo em um país como o Brasil, conhecido mundialmente por sua miscigenação e diversidade racial é algo a que diariamente somos expostos. Ela foi chamada aos gritos e feita uma revista, sem uma única explicação diante do que estava acontecendo, causando ainda mais constrangimento pela aglomeração de pessoas diante da situação.

Há alguns dias, uma conhecida Casa de Candomblé localizada no bairro do Cruzeiro do Anil, – a Casa Fanti-Ashanti foi vítima de intolerância religiosa, praticada por um grupo pentecostal, ao final de um culto realizado por seus membros.

Na ocasião, alguns membros do Ministério Gideões Casa de Oração faziam uma marcha pelas ruas do bairro pelos 12 anos de aniversário. Entre a programação estava prevista caminhada e orações com carro de som pelas ruas, com encerramento da marcha a ser feito frente a uma outra igreja localizada na Rua militar, também no Cruzeiro do Anil, na mesma rua onde fica a casa Ashanti.

Ocorre que, eles finalizaram seus trabalhos frente à Casa de Candomblé, que naturalmente se sentiu desrespeitada em sua liberdade, chegando inclusive a registrar denúncia contra um grupo pentecostal por ‘intolerância religiosa’. Vale ressaltar que, a igreja fica em frente à Casa, que é uma das mais tradicionais casas de Tambor de Mina Tradicional e de Candomblé Jeje/Nagô no Maranhão.

Diante destes fatos, repudiamos toda e qualquer prática seja de racismo ou ainda de intolerância religiosa a que o povo negro já vem lutando por anos a fio, na certeza de que não podemos e não devemos nos calar diante da prática escancarada desses crimes.

Tanto o Racismo quanto a intolerância religiosa e de qualquer tipo precisam ser denunciadas e repudiadas e medidas precisam ser tomadas para reparar erros como esses.

Toda nossa solidariedade a Cricielle e à Casa Ashanti, na esperança de que a nossa luta legítima contra ambos os crimes construa uma sociedade mais justa e igualitária.

DIRETORIA COLEGIADA DO SINTECT-MA