“BURACO ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE R$ 400 BI”, DIZ MEIRELLES SOBRE ROMBO FISCAL
Publicada dia 04/11/2022 11:18
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Antes de mais nada, ressaltamos que no Correios não foi diferente. Antes de 2016 no golpe que retirou a ex presidenta Dilma Roussef do comando do Brasil e durante todo o governo Bolsonaro, as representações sindicais e os trabalhadores observaram atividades de sucateamento e destruição internas sendo realizadas pela administração dos Correios e pelo governo, sem que os sindicatos tivessem acesso aos projetos e discussões internas do que a cúpula da empresa estava fazendo.
Hoje, com a eleição de Lula e mais ainda com a empresa sendo comandada por Generais de pijama, o movimento sindical ainda não tem como dizer o tamanho do estrago feito por esse governo anti povo, anti trabalhador e que tinha como projeto a destruição dos Correios para vender a preço de banana.
Diante disso, os trabalhadores têm a tarefa de verificar qual a real situação dos Correios, para além das propagandas feitas nos boletins internos e entrevistas dadas pela alta cúpula da empresa. Para isso, o SINTECT-MA já está trabalhando, a fim de conseguir esse acesso ao novo governo, para levar aos trabalhadores informações importantes.
Questionado sobre o tamanho do rombo fiscal deixado para o próximo ano, o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles apontou que o prejuízo será quase três vezes maior do que o estimado pelo Governo Federal. “Na minha avaliação, o tamanho do buraco deixado é mais próximo de R$400 bilhões, estimado por entidades independentes, do que dos R$ 150 bi que o governo está falando”, disse em entrevista à GloboNews, na segunda-feira (24/10).
Meirelles afirmou ainda ver a necessidade de “excepcionalidade” para acomodar o orçamento, criando novas regras para um arcabouço fiscal. “Uma reforma administrativa bem-feita, por exemplo, fechando estatais que já deixaram de existir há muito tempo. Limpar essas despesas desnecessárias para abrir espaço para investimentos”, complementou.
O ex-ministro avaliou como os furos no teto desmoralizam a atual política fiscal do país. “Me perguntaram se o teto de gastos estava desmoralizado, eu digo ‘não’. O que está desmoralizado é a presente política fiscal que não seguiu o teto de gastos, por isso nós temos um risco Brasil elevado”. Segundo ele, é preciso reavaliar todas as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) aprovadas nos últimos meses para reajustar as regras fiscais.
O economista, que declarou apoio à campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que a posição foi tomada com base nos resultados econômicos “de sucesso” dos dois governos anteriores do petista, e que essa experiência será repetida caso Lula seja eleito no próximo domingo. “A minha experiência com ele me dá muita confiança de que ele vai voltar a repetir uma experiência de sucesso, que foram aqueles anos de governo dele”, declarou.
O mercado aposta no anúncio de Meirelles como ministro da Economia de um eventual governo de Lula. Questionado se aceitaria o convite para participar da pasta econômica, Meirelles voltou a dizer que não toma decisões com base em hipóteses, deixando a resposta em aberto.
Fonte: Correio Braziliense com informações do SINTECT-MA