BOLSONARO RECLAMA, MAS NÃO FAZ NADA E PERMITE MAIS AUMENTO NOS COMBUSTÍVEIS, QUE PUXARÃO PREÇOS EM GERAL


Publicada dia 11/03/2022 19:01

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O novo aumento divulgado elevará ainda mais o preço da gasolina, diesel e do gás de cozinha, e mostra um misto de opção do governo pelos ricos e incompetência e vai jogar a inflação e os preços dos alimentos ainda mais para cima, prejudicando os mais pobres

O preço da gasolina subiu 46% em 2021. Com o mega aumento desse começo de março, de 18% para a gasolina e 25% para o diesel, o descontrole no preço dos combustíveis reforça seu papel de vilão no aumento da inflação e, principalmente, nos preços de todos os itens que dependem do transporte rodoviário na distribuição, como os alimentos.

Ou seja, se já estava difícil comprar carne, vai ficar ainda mais. Os legumes e grãos e seus derivados também sofrerão grande impacto nos preços, porque as fábricas de fertilizantes foram privatizadas e o país passou a depender de importações da Rússia. A guerra que Bolsonaro não quis condenar escancarou essa verdade.

O aumento da inflação deve levar o Banco Central a ampliar a subida de juros ao longo de 2022, uma vez que no Brasil acostumou-se a combater a inflação só com esse mecanismo. Por sua vez, mais juros significa menos investimento na produção e menos empregos, ou mais desemprego.

É preciso mudar

Já está claro para todos que o aumento dos preços dos combustíveis resulta das escolhas do governo. Ele atrelou o mercado brasileiro de petróleo aos preços internacionais para favorecer as empresas estrangeiras da área e privatizou refinarias.

Por isso ele não tem como segurar os preços. A tentativa de jogar a culpa no ICMS estadual se mostrou mais uma mentira para tentar enganar a população.

Além de causar a alta dos combustíveis, a política do governo está tornando o país dependente da importação de derivados do petróleo, como os fertilizantes e os combustíveis. A interrupção dessa política entreguista e o fortalecimento das empresas estatais e públicas é essencial para a recuperação da economia e o desenvolvimento nacional soberano.

Mas isso só vai ocorrer se mudar o direcionamento do governo

Sem isso, a renda dos trabalhadores continuará caindo pelo aumento da inflação, por reajustes salariais insuficientes e pelo desemprego recorde. As renovações dos Acordos Coletivos continuarão muito difíceis e o ataque aos direitos trabalhistas continuará pressionando os trabalhadores.

Por isso a classe trabalhadora terá um papel determinante na imposição de mudanças!

Todas as categorias precisam estar no centro da luta por emprego, direitos, renda e salário digno, democracia e vida.

Um momento dessa luta será a Campanha Salarial deste ano, que precisa ser ainda mais forte do que sempre foi. Outro momento anterior à Campanha será a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat 2022). Ela já está sendo organizada pela CTB e demais Centrais Sindicais para ocorrer até o 1 de Maio, Dia do Trabalhador.

Os Sindicatos filiados à FINDECT participarão desse esforço de organização e luta, por um programa e pelo protagonismo dos trabalhadores na conjuntura atual e no futuro do país. E conta com a consciência e o empenho de todos os ecetistas.

Veja mais sobre a inflação em: https://www1.folha.uol.com.br/amp/mercado/2022/03/mega-aumento-pode-detonar-ciclo-vicioso-de-mais-inflacao-juros-e-divida-publica.shtml#

Fonte: FINDECT

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