FINDECT REALIZA ENCONTRO DA QUESTÃO RACIAL NESTE FIM DE SEMANA EM SÃO LUÍS (MA)


Publicada dia 25/11/2019 10:32

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PUBLICADO EM 25 DE NOVEMBRO DE 2019

O Encontro da questão racial da FINDECT aconteceu neste sábado (23/11) em São Luís do Maranhão, sob o tema “O negro e o mercado de trabalho além de ter sido um importante momento de debate e troca de conhecimento. Foi amplamente divulgado pela diretoria do SINTECT-MA e aberto à participação de todos os trabalhadores e trabalhadoras.

Participaram junto à diretoria colegiada do SINTECT-MA, Anézio Rodrigues (FINDECT), Elias Britto Divisa (FINDECT), Ricardo Adriane (SINTECT-SP), José Rufino (SINTECT-TO), Karoline Bandeira (SINTECT-RJ), Paulo César (SINTECT-RJ), Cláudio Bezerra (CTB-MA), Jorge Mendes (SINTEMA), Reinaldo de Jesus (ex funcionário Correios -BA) entre outros, compondo a mesa e contribuindo para esse tão importante debate.
Na ocasião, foi bastante falado sobre a importância de debater as questões relacionadas ao negro no mercado de trabalho, as problemáticas e dilemas enfrentados por ele no dia a dia dentro das empresas entre outros assuntos envolvendo a questão.

Em meio a essa questão envolvendo o negro e o mercado de trabalho, estão as diferenças salariais, onde por exemplo a mulher negra tem um dos menores salários do país. É comum, infelizmente, a mulher receber um salário menor que o homem. Quando além de mulher ela também é negra, é ainda mais complicado.

Além dessa luta dos trabalhadores e trabalhadoras negros no Brasil, ainda temos as outras envolvendo a amputação dos direitos trabalhistas imposta pela Reforma da previdência e por esse governo que está posto, que dia após dia penaliza os trabalhadores, retira direitos e precariza cada vez mais as condições de trabalho.

O racismo se manifesta em várias formas e não é diferente quando se trata de mercado de trabalho.Houve avanços até aqui, a exemplo das cotas, mas ainda é pouco diante da discriminação a qual os negros são expostos todos os dias ao longo de décadas. O momento é de estar ainda mais vigilantes e unidos contra todo o tipo de discriminação que negue aos negros a oportunidade de ocupar em pé de igualdade as melhores vagas, terem os mesmos salários e condições de trabalho que qualquer pessoa não negra, uma vez que têm a mesma capacidade de desempenhar qualquer que seja a atividade no mercado de trabalho.

A exemplo da mulher negra, o vídeo “Vida Maria” nos leva à reflexão sobre o modelo de repetição de padrões ao qual a mulher é ensinada, que em grande parte das vezes faz com que ela esteja excluída do mercado de trabalho, tornando assim a sua luta ainda maior para se colocar no mercado de trabalho, para se manter e ainda mais para receber um salário digno.

Diante de tudo o que foi apresentado, algo que ficou ainda mais que claro é a urgência em se fazer o debate responsável para melhoria das condições de trabalho dos negros em qualquer que seja a área de atuação. Precisa ser levantada essa discussão no local de trabalho, na família, na sociedade, nos grupos ou comunidades dos quais se faz parte. Não se trata apenas de raça ou cor da pele, mas é essencial a unificação das pautas dos movimentos negros em prol de melhorias para todos os negros, levantando assim bandeira da luta dos negros por igualdade de direitos.

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