A POLÍCIA FEDERAL RESOLVEU INVESTIGAR PAULO GUEDES, ATÉ QUE ENFIM
Publicada dia 07/07/2020 23:00
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PUBLICADO EM 07 DE JULHO DE 2020
O ministro mais privatista e inimigo dos direitos trabalhistas da história é acusado de fraude bilionária no Postalis e outros fundos de pensão, o que foi denunciado desde que assumiu o ministério.
A acusação contra o ministro que manda na economia do país e a coloca cada vez mais no buraco, com número de desempregados crescente, é de crime de fraude bilionária em fundos de pensão estatais.
Não há novidade na acusação. Antes mesmo dele assumir o posto no governo Bolsonaro, em 2018, reportagem no Globo revelou o papagaio. Mas a Polícia Federal estava meio parada, como no caso Queiroz e das laranjas do Flávio Bolsonaro. Agora andou.
A operação caça Guedes, batizada de Greenfield, foi desencadeada pelo Ministério Público Federal (MPF) e investiga a suspeitas de que Guedes se associou a executivos para praticar fraudes em negócios com os fundos de pensão que levaram a prejuízos que chegam a R$ 1 bilhão em fundos como Previ, do Banco do Brasil, Funcef, da Caixa, Petros, da Petrobras e o Postalis, dos Correios. Veja texto da época.
Segundo o MPF, há “relevantes indícios de que, entre fevereiro de 2009 e junho de 2013, diretores/gestores dos fundos de pensão e da sociedade por ações BNDESPar” se consorciaram “com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes, controlador do Grupo HSM”.
A intenção seria a de cometer “crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras e emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantias”.
O rei da privatização
Como banqueiro, Guedes “privatizou” para si os fundos de pensão. Agora quer privatizar as estatais para encher os bolsos de seus amigos banqueiros e empresários, vendendo-lhes a preços irrisórios estatais altamente lucrativas e até setores inteiros da economia, como o postal.
A desculpa é a mesma de sempre. O ministro vive dizendo que o governo não tem dinheiro e precisa fazer caixa. E coloca a venda de estatais como prioridade para arrecadar recursos e entregar para os bancos, como pagamento de juros da dívida estatal.
Em sua lista sempre estão os Correios, a Petrobrás, a CEF, o BB e outras joias como a Dataprev. São empresa estratégicas para a população, para e economia, para a segurança e a integração brasileira, além de altamente lucrativas.
O governo sabe disso e as administra para gerar problemas que justifiquem a privatização. É o famoso sucateamento. No caso dos Correios a tática envolve a falta de concursos e de contratação de funcionários, a ausência de investimentos, os arranjos operacionais que deixam a população na mão, e passou por mudanças contábeis feitas de forma a transformar lucro em prejuízo e desaparecer com o fluxo de caixa que garantia aplicações financeiras e capital de giro.
Trata-se de fraudes, que o ministro e seu secretário das desestatizações, que também carrega acusações nos ombros, conhecem muito bem!
Fonte: FINDECT