BRASIL EM ESTADO CAÓTICO RESULTA DO DESMONTE E DAS POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS
Publicada dia 09/02/2022 22:30
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● A FINDECT produziu uma série intitulada “Brasil em estado caótico”, para numa sequência de artigos ajudar os trabalhadores a compreenderem as causas da crise econômica e do desmonte dos serviços públicos que atingem o país e a importância do debate político para 2022.
● Desemprego, precarização, volta da fome, inflação, mais pessoas vivendo nas ruas, aumento dos casos de covid, saúde colapsada e falta de perspectiva de melhoria é o quadro em que figura o Brasil nesse início de 2022 como resultado das opções e políticas governamentais. Essa situação, que precisa mudar, será discutida nos artigos. Acompanhe!
Nessa primeira matéria da série “Brasil em estado caótico”, a FINDECT faz uma reflexão sobre a política perversa do governo Bolsonaro.
Ela atinge fortemente a população, principalmente os mais pobres, como também os trabalhadores dos Correios, que já perderam muita renda e poder de compra durante o último período. E não há perspectiva de que o governo atual mudará de postura nem fará algo para atenuar a situação.
O fato é que o caos atinge drasticamente o país. E não é culpa exclusiva da pandemia. A maior parte dos problemas vem das opções do governo tanto no trato da pandemia, quanto na política econômica, no desmonte das estatais e serviços públicos, na ausência de uma política de industrialização e de investimento onde o país e a população de fato precisam.
Desemprego crescente
O quadro atual mostra desemprego crescente, desalento (desistência de procurar emprego), expansão de ocupações de baixa qualidade, aumento de trabalhadores por conta-própria ou assalariados sem carteira e queda no rendimento do trabalho.
Entre o primeiro trimestre de 2020 e o terceiro de 2021, o total de desempregados há mais de um ano cresceu 37%: de 4,758 milhões para 6,508 milhões.
Depois de ficar desocupado por um longo período, quando o trabalhador se recoloca, provavelmente a qualidade da vaga é ruim. E quanto mais tempo uma pessoa fica sem emprego, torna-se mais difícil para ela se recolocar.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada pelo IBGE (PNAD-C), entre o terceiro trimestre de 2020 e de 2021, mostra taxa de desocupação de 12,6% no terceiro trimestre de 2021, alta do custo de vida e dificuldade dos trabalhadores e seus sindicatos em negociar a recuperação do poder de compra dos salários.
Essa situação tem que mudar, e isso depende da organização, da mobilização, da unidade e das lutas dos trabalhadores e de uma participação crítica, propositiva e consciente no processo eleitoral que se dará esse ano.
No próximo episódio da série, iremos nos debruçar para entender sobre os reflexos da volta da fome e do fantasma da inflação no Brasil. Não deixe de acompanhar!
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Fonte: FINDECT