CORRUPÇÃO GENERALIZADA APARECE NO GOVERNO E ENVOLVE OS CORREIOS
Publicada dia 30/06/2021 22:09
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PUBLICADO EM 30 DE JUNHO DE 2021
No mundo da política, as coincidências estranhas são mais comuns que na vida normal, e no caso atual elas cruzam em várias relações suspeitas o governo, seu líder na Câmara, o dono das empresas Precisa e Global e a ECT!
O governo Bolsonaro está envolvido com acusações de prática de corrupção que estouraram contra seu líder na Câmara, o deputado Ricardo Barros. Segundo os irmãos Miranda, ele seria o responsável pela negociação do superfaturamento para a vacina indiana Covaxin.
Os dois irmãos, um deputado e outro servidor de carreira do Ministério da Saúde, citaram o deputado em depoimento que deram à CPI, após o segundo ter relatado pressão “atípica” para liberar a importação da Covaxin.
Por trás do deputado, na negociação do preço superfaturado, está o empresário Francisco Emerson Maximiniano e sua empresa Precisa. Ele cumpriu o papel de atravessador, caso único nas negociações das vacinas para Covid. As demais foram negociadas diretamente com os fabricantes.
Negócios escusos
Maximiniano já era investigado por um negócio mal feito com o Ministério da Saúde. Ele foi contratado para fornecer medicamentos de alto custo através de outra empresa sua, a Global Saúde.
O Ministério Público descobriu que ele e sua empresa receberam R$ 19 milhões adiantados e não entregaram os medicamentos. Isso foi no governo Temer e o Ministro da Saúde que o contratou era… o deputado Ricardo Barros.
Postal Saúde e Postalis
Também com a Global, Maximiniano já era investigado pela PF por pagamento de propina em contrato dos Correios. Foi intimado a prestar depoimento em fevereiro deste ano. Tem a ver com o fornecimento do vale farmácia através da Postal Saúde. O contrato envolveu R$ 62 milhões.
Também está sendo investigado com a mesma Global em negócios com a Petrobrás, o governo do Distrito Federal e o Ministério da Saúde. E um relatório recente do Tribunal de Contas da União, TCU, revela indícios de fraudes em um investimento de R$ 40 milhões do Postalis na Global Saúde.
Enriquecimento ilícito
São muitos rolos que ficam bastante claros em sua declaração de imposto de renda entre 2013 e 2015, quando declarou rendimentos de R$ 523 mil, mas a PF rastreou suas finanças e achou movimentação de R$ 22 milhões.
Depois disso o acúmulo por fora deve ter crescido. Ele fez uma bela amizade com Flávio Bolsonaro, que o ajudou a conseguir reunião com o chefe do BNDES, em outubro de 2020, para pleitear recursos para suas empresas. O 01 até participou da audiência para “ajudar”.
Aí veio o caso do superfaturamento da vacina que está em investigação na CPI da Covid. Uma teia de coincidências que parece ficção, mas que faz parte do enredo político brasileiro.
E tem mais
A Folha Folha de São Paulo publicou na noite de terça-feira (29) reportagem na qual o representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, denuncia ter sido cobrado US$ 1 dólar por dose de vacina para que as negociações de compra da vacina AstraZeneca avançassem.
O autor do pedido de propina seria o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, que foi indicado por… ele de novo, o deputado Ricardo Barros.
Dias foi exonerado no mesmo dia que a denúncia veio a público. Uma provável tentativa de abafar mais esse escândalo de corrupção no governo Bolsonaro, que vai revelando seu verdadeiro caráter para quem quiser ver. Como pode ter sido eleito? E como pode não cair?
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Fonte: FINDECT